Elas se aproximaram naturalmente, amigas se fizeram, e com muito amor, uma amizade sincera e feliz nasceu. Muitas confidências, muito carinho, sorrisos de cumplicidade, de felicidade, lágrimas de tristeza, momentos divididos, amor multiplicado.
Tudo sempre correu bem, entende-se, desentende-se. Fala, fala. Amigas do dia a dia, da noite, da praia, na cerveja, na música, nos gostos, no coração.
As festinhas são alegres, os shows tornam-se experiências mágicas.
A cumplicidade só se multiplica.
Amigos são sempre um bálsamo no coração humano. Ter, além da família, quem te suporte os momentos difíceis e te impulsione nos momentos de duçura da vida é sempre estimulante e enriquecedor. Faz sentir gratidão por receber tanto e oferecer tão pouco.
É lindo como o amor entre almas afins nasce e cresce e toma o amado e amável.
As interferências e desentendimentos são parte. Não há interação sem conflitos. Somam sempre, são aprendizados e são até fortalecedores dos laços de carinho e confiança.
Curioso e incompreensível é quando algo se quebra e a interação passa a ser difusa, o outro torna-se algo inalcansável.
A comunicação, antes tão fluída, apenas não se estabelece.
As almas, antes afins, parecem desconhecidas.
O sorriso de cumplicidade se esvai e fica o sorriso de conveniência, aquele que só pretende uma convivência pacífica.
Não é possível saber porque começou nem se vai continuar. De onde vem a rachadura?
Aquele laço agora é um nó cego.
As tentativas do reencontro se fazem frustradas e só reforçam a distância que não é de corpos, mas sim de corações.
Sinto, agora, um imenso vazio. Como se um pedaço de mim fosse desfeito, como se a vida levasse um parte do meu coração me deixando um buraco no peito.